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domingo, 24 de junho de 2012

Cíumes é prova de amor?


Dias atrás assistimos horrorizados a barbárie cometida por uma mulher ao saber que o seu marido estava traindo-a com outra, e em um ataque de ciúmes assassina e esquarteja sem piedade seu marido, o empresário Marcos Matsunaga.
Diante deste trágico episódio a pergunta que todos nós fazemos é a mesma: o ciúmes é uma prova de amor?

Como justificar tamanha barbaridade como um ato de amor, afinal, amor verdadeiro é aquele que enaltece e não extermina, engrandece e não aniquila, enfim, causa sempre o bem e jamais o mal ao seu amado.

Não acredito que tal ato praticado por está mulher é expressão de amor, pelo contrário, foi um ato de vingança cruel e calculada, Nitzsche já nos alertou sobre isso ao dizer “na vingança e no amor a mulher é mais bárbara do que o homem”, confundir amor com vingança pode parecer a causa mais provável para este crime que chocou toda a sociedade brasileira devido ao seu requinte de crueldade.
Ciúme extremo é um mal, e isso não é de hoje, Voltaire já alertava sobre isso ao afirmar que “o ciúme quando é furioso produz mais crimes do que o interesse e ambição." Precisamos aprender a controlar realmente nossas emoções, deixar a razão falar mais alto do que sentimentalismos, agir com prudência, usar sempre a justa medida proposta por Aristóteles para que possamos ter um controle melhor sobre nossas ações e não agir levado por impulsos na maioria das vezes que acarretam grandes consequências.
Sentir ciúmes pode até parecer natural,  mas de forma equilibrada, sempre culpamos o outro pela razão de nosso ciúmes, mas será que não temos também a nossa parcela de culpa? É sempre o outro que está errado? Atitudes minhas não colaboraram para comportamentos inadequados de quem está comigo? Infelizmente quando a crise de ciúmes está sobre nós não paramos para refletir sobre estas questões apenas apontamos a falho do outro (a) e não verificamos se nós também somos culpados. Santa Tereza nos alertava quanto a isso ao dizer “antes de manifestar ciúme que pode tornar a todos infelizes, que cada um se examine a ver se não está em falta com o outro."

Na maioria das vezes os problemas, desconfianças, traições encontram-se apenas na cabeça do ciumento, a realidade pode ser completamente oposta do que ele está pensando, às vezes, não está ocorrendo nada de errado, afinal de acordo com William Shakespeare “os ciumentos não precisam de motivo para ter ciúme. São ciumentos porque são. O ciúme é um monstro que a si mesmo se gera e de si mesmo nasce”.
Vamos refletir sobre isto, vivamos o verdadeiro amor, aquele que traz companheirismo, felicidade, paz, satisfação, enfim, sentimentos puros, façamos o que nos recomenda Aristóteles "o amor é formado de uma só alma, habitando em dois corpos".

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